The stOry...and others...

Sábado, 28 de Fevereiro de 2009

*

Queria fazer uma mudança radical na sua vida.

Queria apagar as marcas que aquele amor tinham deixado nela.

Queria mostrar-lhe que a traição que sofrera não abalara o seu mundo e que era a mesma Maria de sempre.

Uma viagem a um país exótico talvez fosse boa ideia; comprar um descapotável e passear-se em frente à casa dele era ainda uma ideia melhor.

Tinha de o fazer.

Vestiu o seu vestido mais sexy, vermelho cor da paixão e tão curto como um cinto, com um decote de perder a cabeça, colocou os seus óculos-de-sol Dolce e Gabana pretoo e apanhou as chaves que estavam na taça do móvel da entrada. Estava pronta para (o) arrasar.


Dirigiu-se ao stand de automóveis e comprou um Mecedes preto que ali se encontrava. O dinheiro não era um problema para ela e aquele carro era perfeito.


Pôs a chave na ingnição e começou a conduzir. Subiu a capota e ligou o rádio, colocando um CD que trazia na carteira, "Lady Marmalade" era a canção escolhida.

Foi então que desacelarou e começou a olhar em direcção da casa imponente da qual se estava a aproxiamr; sabia que Filipe estava lá e queria mostrar-lhe que estava feliz.

Foi então que o viu. Estava com um sorriso de meio metro...e acompanahdo. Era uma mulher bonita, com um vestido elegante que realçava o seu corpo esbelto.

Maria continuou a conduzir desligando a música para não dar nas vistas.

mais À fernet estacionou e chorou. Chorou muito. Porque se ela não mostrasse a si própria que consegui viver sem Filipe e que podia voltar a ser feliz, ela não iria convencer ninguém disso. Apenas iria enganar-se a si própria.

publicado por Lara às 15:14
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Sábado, 21 de Fevereiro de 2009

Amigos.

 

Grandes amigos.

 

Afinal, há uma definição lógica do que isso é?

 

 

Eles eram os melhores amigos, Ou pelo menos ela pensava que fossem. Passavam garndes momentos juntos. Partilhavam todos os sorrisos, todas as alegrias, todas as angústias e tristezas...eles partilhavam uma vida.

 

Entre cafés, passeios, sorrisos e lágrimas, não viviam um sem o outro.

 

Contudo, e por circunstâncias da vida, tiveram de se separar um pouco. Ela teve de ir viver para uma cidade bem longe... Prometeram que nada os iria separar, que falariam todos os dias.

 

 

Não passaram de promessas.

 

 

Continuam amigos, claro. Continuam a adorar-se. Mas a empatia que os caracterizava, aquela que era tão deles,  está tão escondida que eles já não a encontram.

 

E sofrem.

 

 

publicado por Lara às 21:21
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Segunda-feira, 16 de Fevereiro de 2009

...

Ainda sentia a cara a latejar. O rubor que sentia doía mais do que a própria estalada.

A consciência do que se tinha passado magoava mais do que qualquer outra coisa.

Ele, a pessoa que ela tanto amava, havia-lhe batido. E não era a estalada em si que a magoava, era a intenção com que tinha sido dada e as palavras que a tinham antecedido.

Ele prometera-lhe que seriam felizes para sempre. Talvez, então, tivessem conceitos de felicidade diferentes.


Sabia que não era certo aguentar aquilo. Mais uma vez, ele tinha-a desrespeitado. Mais uma vez tinha quebrado a promessa de que nunca mais o faria.


 

 

Afinal, todos eles prometem...mas não cumprem.

publicado por Lara às 21:05
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Terça-feira, 10 de Fevereiro de 2009

...

Como uma menina assustada, tentava caminhar por aquelas ruas tão tristes e cinzentas. Não sabia par aonde ia ou com quem iria ter. Queria apenas caminhar até encontrar o meu rumo. Perdida, sem motivos para ficar.

Tinha sido traída. Tinha essa marca gravada não só no meu corpo, mas também, e principalmente, no coração. Doía pensar que alguém em quem depositáramos toda a confiança, a quem confiaríamos a própria vida, nos trai de uma maneira, fria e cruel, sem olhar para todos os momentos que tínhamos passado juntos.

Precisava urgentemente de respirar um novo ar. Um ar que não me recordasse o amargo sabor da traição. Longe de tudo e de todos, tinha de (re)viver.

Ontem, sentiria que estava insana e que precisava de ajuda. Hoje, tenho mesmo de o fazer.

O muro que tinha construído à volta do nosso casamento, tentando que nada o atravessasse ou tentasse quebrar, tinha-se desmoronado pró si só sem precisar de um empurrão forte.

 

Tudo tinha acabado. Até eu.

publicado por Lara às 22:21
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Sábado, 07 de Fevereiro de 2009

...continuação.

Sim. Tinha cancro.

E era demasiado duro pensar que, hoje, ao deitar-me, poderia ser a última vez que soboreava a panóplia de cheiros, olhares, sentmentos que a vida me proporcionara até a este momento.


E senti-me perdida. Perdida para o mundo e para mim. Perdida para a vida.

Querem que pense em todos os bons momentos para que sejam a minha última recordação. Mas não será isso impossível? Os bons momentos não são pensado scomo recordações ams sim como algo que está no coração sempre que o tentar procurar e não no sótão recatado e sujo da minah mente.


Tenho saudades do riso cristalino da criança que havia em mim. O riso que a todos admirava, que a todos chamava a atenção.


Respiro fundo antes de fechar os olhos... Esta pode ser a última vez..

publicado por Lara às 20:30
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Quinta-feira, 05 de Fevereiro de 2009

...

Olhei o espelho. Não era eu.

Não era a menina sorridente, bem-disposta, feliz que todos os dias brindava os amigos e a família com um "adoro-te"...


Era uma pessoa desconhecida para mim. Alguém com uma tristeza espelhada no olhar, com um sorriso prestes a desaparecer... Não me conhecia.

Queria lutar contra isso. Queria mesmo. Mas não tinah forças. De cada vez que tentava erguer o braço para pegar na tesoura, as forças falhavam e a mão voltava a ficar caída, pelo corpo abaixo.

Todos os dias, me pediam para lutar. Par não desistir. Mas não desistir do quê? Da morte que se aproximava a passos largos?


Finalmente, peguei na tesoura e, de um por um, cortei cada fio de cabelo louro que percorria as minahs costas. Um louro encaracolado, com caracóis tão definidos que agora estavam a desaparecer.

E as lágrimas eram tantas e tão poucas.



Tinha cancro. E não sabia viver.

publicado por Lara às 10:01
música: i wish
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