...
Ainda sentia a cara a latejar. O rubor que sentia doía mais do que a própria estalada.
A consciência do que se tinha passado magoava mais do que qualquer outra coisa.
Ele, a pessoa que ela tanto amava, havia-lhe batido. E não era a estalada em si que a magoava, era a intenção com que tinha sido dada e as palavras que a tinham antecedido.
Ele prometera-lhe que seriam felizes para sempre. Talvez, então, tivessem conceitos de felicidade diferentes.
Sabia que não era certo aguentar aquilo. Mais uma vez, ele tinha-a desrespeitado. Mais uma vez tinha quebrado a promessa de que nunca mais o faria.
Afinal, todos eles prometem...mas não cumprem.